domingo, 13 de dezembro de 2015

Para o docinho da vovó









EMILI

Chama que brilha aos poucos

Seu choro deixa todos loucos

Os dias passam e a chama se torna fogo

Queima de alegria sua pele morena

Olhos de gueixa, sorriso tímido e voz rouca

Sua inteligência espanta e

Sua beleza encanta

Dona de uma timidez que a deixa silenciosa

Cresce imperiosa é uma jovem voluntariosa

Seu futuro vai escrevendo com seus passos

do seu caminho depende seu dia

e seus planos o equilíbrio do fogo

se é que ele vai brilhar ou não

que Deus ilumine seu coração







EVELIN

Sua chegada foi muito esperada

Com rostinho de bebe foi logo amada

Chegou para trazer sorrisos em casa

Sua presença nos deu asas

Cresce sorridente e és feliz

Tem cinco anos e arrebita o nariz

Sua alegria nos contagia

Dona de graça e grande simpatia

É engraçada e vive brincando

Enquanto os anos vão passando

Continua muito amor nos dando

Seus cabelos claros e sua pele branca

A transformam numa boneca de porcelana








A próxima é para você tá meu amorzinho?? Depois vovó lê também...Beijo imenso!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Beijinho no dodói



          A Luz dos pequenos


Os animais precisavam encontrar água
Uma equipa especial então foi destacada
Os mais inteligentes e corajosos do nada
Surgiram aos montes para essa empreitada.

Todos queriam participar do grande
ao pequeno, do grilo ao elefante
dona Coruja separou cada equipe
O maior porque era mais forte,
o inteligente porque usava a mente,
o mais pesado porque era engraçado,
a onça porque era o único pintado,
os pequenos eram apenas ignorados

Não adiantou nada tanta luta.
A água escondida onde estava?
No fundo de uma velha gruta
A escuridão não perdoou nenhum recruta.

Dona coruja teve que admitir
a ajuda é boa, de onde ela surgir
De todos os recrutas, 
foi dos pequenos vagalumes 
a luz que clareou a gruta:

Mostrou aos animais que todos têm
um motivo divino para viver:

A água encontrada foi dividida
E disso uma grande lição aprendida...

      






quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Lendo com a vovó




A fofoca da barata

Ao arrumar o quarto
a empregada não percebeu
uma barata graúda
que na gaveta se escondeu
Conhecida como dona Fifi
a barata fofoqueira
era velha e matreira
linguaruda de primeira


Foi então que dona Fifi
correndo para o jardim
encontrou um besouro
que de fofoca estava afim






Sabe o sapo que mora na mansão?
Ele está apaixonado pela lagartixa do porão!

Só para causar intriga
sem saber o que falava
acabou causando briga      

A barata sensata
corrigiu a bravata

Fifi, Fifi como fazes ti-ti-ti”.
nessa fofoca precisa de pôr um fim
colocar os pontos nos is .





A pobre lagartixa já estava resolvida a não se casar
Pois não tinha nenhum par
Começou então de repente com o Sr. sapo a sonhar






O Sr. sapo apaixonado estava sim
Não pela pobre lagartixa,
mas pela bela rã do jardim...




Depois da fofoca da barata,
A rã de tanto chorar
resolveu se mudar
e a mala estava a arrumar

A barata sensata resolveu ser prática
A verdade sempre foi a melhor táctica

Reuniu a bicharada no alpendre da casa Depois de muito se explicar e desculpas implorar
Dona Fifi prometeu as fofocas encerrar


A barata sensata encontrou para a Lagartixa do porão
Um verde lagarto bonitão



E cantando terminou a reunião
Sozinha não há - de ficar
Todos no mundo têm o seu par
E de hoje em diante dona Fifi há de
se emendar...


Então Isabella, percebeu que importante lição tem nessa estorinha?
Temos que ser como a barata sensata, 
porque de Donas Fifis já estamos fartas!

Beijo da vovó





sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Brincando com a vovó

Querida Isabella


Hoje quero lhe contar como eram as nossas brincadeiras quando pequenos, eu e alguns de meus irmãos menores, principalmente o tio Valdir que era meu parceiro nas aventuras; tínhamos muitos poucos brinquedos.
Demorei muito para ter minha primeira boneca, mas o que faltava em brinquedos sobrava em imaginação...
Nós dois não tínhamos permissão para brincar na rua junto com as crianças da vizinhança, mas nossa sorte era imensa porque o quintal era uma verdadeira selva a desbravar...
Lembro bem de um grande pé de limão que os anos lhe tinham pesado, e ele foi se deslocando, ficando mesmo quase de lado, embaixo dele repousava belo e impávido um grande pneu de trator. Esse não conseguíamos mover, então fizemos dele nosso nave...



Isa eu e o seu tio avô viajamos até a lua naquele pneu, visitamos mais planetas do que a nasa, vimos e ouvimos coisas que deixariam os astronautas de cabelo em pé... Dentro de nossa nave nós dois comandávamos!

Quando a brincadeira nos cansava, agarrávamos cada um em um pneu de carro velho e rodávamos pneu em volta da casa kkk. Eramos então motoristas de carreta, que por ai viajavamos...kkkk

O dia quase sempre terminava dentro do quartinho de bagunças, lá existia uma grande caixa cheia de gibis, e eu conseguia ficar mais de 4 horas ali dentro lendo sem parar... As vezes perdia o horário das refeições o que quase sempre resultava em castigos. Mas parecia que a tudo aquilo compensava.


Nossas brincadeiras em grupo consistia sempre em amarelinha, em jogar figurinha (bafo), em bolas de gude, em soltar pipa, esconde-esconde,  pega-pega, agacha-agacha.










Gostávamos especialmente de stop, porque éramos muito competitivos e queríamos sempre saber quem tinha mais conhecimentos kkkk


Bem minha querida netinha, como deve ter percebido a vovó não esta fazendo videos, estou quase sem voz, por causa da asma. tentei fazer uns audios, mas não deu...
Assim que estiver melhor vou gravar um video novo para você contando uma nova estorinha do meu livro ok?
Beijo grande da vovó


domingo, 4 de outubro de 2015

Sua mãe

Ola querida Isabella
Hoje quero lhe deixar essa cartinha para lhe contar um pouco sobre sua mãe...

Ela foi um bebe lindo como você, e gostava muito de comer...Alias só perdia nisso para sua tia Evelin que também amava as papinhas...kkkk

Naquele tempo já existiam as comidinhas prontas em potinhos no supermercado, assim como fraldas descartáveis (que alias eram artigos de luxo).
Mas era algo que eu gostava muito de fazer, preparar a comidinha dela, e de todas as que ela mais gostava era batata amassadinha com caldinho de feijão, e fruta era abacate batido com açúcar e banana também.  Agora mamão, não valia a pena oferecer, nem ela e nem a tia Evelin gostavam, era uma meleca cuspida autêntica cada tentativa. kkk

Ela era muito curiosa e esperta, prestava tanto atenção em tudo o que eu falava e cá entre nós eu falava o tempo todo com ela, que aos 7 meses ela já começou pronunciar as primeiras palavras.
Acho que com você vai ser assim também, porque tinha tão poucos dias e já conversava (aqueles ruidinhos de bebê), já derretiam meu coração...

Mas a sua mãe demorou um pouco para andar, era um bebê muito gordinho, ela nem conseguia engatinhar de joelhos, ela se arrastava com o bumbum pela casa.
Era muito engraçado porque ela era muito rápida...Tão bom recordar!
Quando ela começou a falar, tinha uma coisa bastante peculiar, ela falava tudo diretinho, não me lembro de sua mãe pronunciar uma palavra sequer errado. Sabe aquelas coisas engraçadas que as vezes as crianças demoram conseguir pronunciar corretamente?
Sua mãe não nos deu esse prazer de corrigi-la, se bobeasse ela corrigia a gente kkkkk

Mas eu tive a oportunidade de rir com sua tia Evelin nesse caso, alias sua tia era uma criança muito risonha, muito brincalhona e sua tentativa em falar certo algumas palavras  rendia muita risada. Por exemplo, nós tínhamos um pé de goiaba no quintal, e ela quando queria goiaba, ela pedia "boiaba", figurinha, era "sigurinha", e ai por diante... Coisa mais fofa essa sua tia viu?

Voltemos a sua mãe, ela foi uma criança tímida, moreninha, e uma coisa engraçada era que ela queria ser loira kkkk
Ai Isa nem queira saber como era engraçado essa fixação dela em ser loira, naquele tempo fazia sucesso na televisão um programa infantil que era a Angélica (uma mocinha loira) quem apresentava o programa e sua mãe cismou que queria ser loira como ela...kkkkk
Acho que isso só passou quando ela fez uns 8, 9 anos.
Deve ter percebido a sorte que tinha com essa pele maravilhosa que lhe tinha sido dada né?

Queria ter vídeos dela nessa época para colocar aqui para você ver, mas fotos já é uma sorte ter algumas...
 Não se preocupe que vamos voltar a falar disso mais para a frente, ok?






quinta-feira, 1 de outubro de 2015

Cultivar a bondade



Sabe Isabella, a alguns anos eu escrevi um pequeno livro infantil, sempre pensei que era mais fácil ensinar valores com exemplos. E nos colocar no lugar dos outros muitas vezes nos ajuda a ver melhor as coisas. Vivemos em um mundo cheio de preconceitos, de pessoas maldosas mas também sei que podemos fazer a diferença.
Quando pensei em escrever essas pequenas historias em forma de versos, pensei mesmo em uma maneira de ajudar os pequeninos como você, a aprender a amarem com  bondade todos os seres.
Espero que goste Isa, dedico a você meu amorzinho...





A bondade da Joaninha

Em uma floresta encantada
Vivia uma borboleta que se achava engraçada
Ria muito e fazia todos
Serem motivo de piada
Do grilo zombava porque não tinha casa
Da formiga ria porque trabalhava
E da abelhinha porque esta
nunca descansava

A floresta encantada
Sempre triste ficava
Por causa da borboleta
que a todos magoava

Um dia nasceu uma bela joaninha
que a todos conquistava
Pois sempre via o lado bom
de cada ser que encontrava

A abelhinha por tanto mel que fazia
era bastante elogiada
A formiguinha por seu zelo
Era bem paparicada
E o grilo por cantar
Que a todos alegrava

A pequena Joaninha
Sempre parecia encontrar
Um bom motivo
para amar

A borboleta foi percebendo
O teor de seu veneno
Que rir dos outros acaba sendo
algo muito pequeno

A Joaninha ensinou
que basta um olhar bom e sereno
porque afinal ninguém nasce sabendo

Para notarmos que todos têm qualidade
Não precisa ser gênio e nem ter muita idade
Basta criar no coração amor e humildade
E claro bastante bondade....













terça-feira, 29 de setembro de 2015

Nosso primeiro contato



Lembro bem da primeira vez que estive de pé diante de ti, meu assombro, meu encantamento me fez arregalar os olhos. Não tinha bem certeza se ia conseguir tirar os olhos da barriga gravidíssima de sua mãe, mas o fiz. E fitei aqueles olhinhos de jabuticaba dela, sendo remetida no mesmo instante ao momento que também esperava por ela, tanta ansiedade, tanta alegria misturada com medo. Um dia passei por essas sensações todas, e cada uma delas ainda habita em mim.
Você era super sossegadinha, mexia pouco e raramente, mas consegui sentir antes que nascestes aquele carinho que mandastes para mim em forma de tremor... Obrigada por isso!
Estou enviando abaixo o poema que li para você, tenho a sensação que nossos momentos de leitura serão uma rotina daqui para frente, e se você for minimamente parecida comigo e com sua mãe vai amar muito esses momentos.

E essa é uma foto de seu bisavô José Pires, vamos ter tempo para falarmos de sua bisavó também e tantas outras coisas que quero lhe contar, apontar, e frisar...Por enquanto basta dizer que eu amo muito você!




Cantigas

Lembro de um tempo
que longe se vai
O tempo era o vento
O vento era o pai

Sentava sua pequena menina
nos joelhos cansados
seu sorriso era o sol
e sua voz cantarolava

Lembro que ansiava
o momento de sua chegada
Nesse segundo minha alma saltitava
Era meu pai que para mim cantava

Fui uma menina triste
grandes olhos cor de mel
uma alma que sangrava
Só era feliz quando meu pai cantava

Poucos minutos de dedicação
que duraram toda uma vida com frutos
Salvaram uma infância de brutos
E alma de um pequeno coração...